Lindos e lindas!

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Atrito

Num tempo atrás, aconteceu uma coisa que me deixou com raiva. Não triste, nem inconformada, muito menos com dó de mim. Só fiquei com raiva. Eu não sabia o que fazer com essa raiva, então escrevi, simplesmente, escrevi. E toda a raiva passou enquanto minha caneta delineava aquelas palavras, tudo foi passando. Até hoje guardo esse papel, já esta todo velho, todo amassado, mas faz todo o sentido para mim, porque foi real.





Atrito

Uma parla indignada entre eu e você
Parodiando antigamente surrada
O que se indica se querer
Num obliquar dissimulado sobre a sombra
Num indignar atrasado que se monta
O destroço percorre sua mente
Como o vácuo o espaço

No perpétuo longínquo, perene
Quando desnortear-se é grandioso
Quando a boca sorri num olhar furioso
Soprando pérfido e querelando assimilares
Sem nenhum mérito
Visando lindos pulsares

Será que não entendera
Um que sejas pequeno sinal
De quem será até o final?
Até que segregando para si
A pura derrota
Da essência sanguínea
Quando a veia corta
Numa ação curvilínea

Então trincafia-se em teu lupanar pútrido
E acentua a tua trilema
Fique mudo
Se este é teu dilema
Votivo para ti cair em teu próprio poço
Se atritando entre si
Em teu roço.

Raquel Lauer






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