Lindos e lindas!

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Clichês




As passagens clichês da vida, são inevitáveis. Sim, sempre.
Aquela novela que todos acompanham e amam, menos você.
A roupa da moda que você não tira do corpo.
O sofrimento por um amor que foi embora.
A dor no joelho quando cai da bicicleta - esta bem, nem todos aprendem a andar de bicicleta, eu sou um exemplo, mas a maioria das pessoas sim.
Daí surge aquela nostalgia melada e sorridente implorando pelas coincidências numa conversa casual e necessária. Existem muitas delas.
As aulas de ballet, judô, piano, desenho ou qualquer outra que sua mãe tenha te inscrito quando criança. Aquela professora de português que todos os alunos adoravam e a de matemática que tinha um apelido engraçado.
O primeiro beijo, a chuva que estragou o penteado da festa.
Quem nunca perdeu dinheiro do bolso? Ou não ouviu um conselho da mão e se deu mal?
Sim, que clichê! Todos passamos pela fase da revolta, do exagero, da felicidade, e sabe de uma coisa? Ainda estão todos inteiros pelo que eu vejo. Um arranhado aqui, uma cicatriz e uma dor no peito, mas todos ainda lutando, de pé e vencendo para mais um pouco de monotonia e alegria!
Somos assim, e não podemos evitar. Se não nos encaixamos num quebra cabeça, não significa que somos estranhos. Significa que somos diferentes.
Mas isso é bom?
Sim!!! Não conheço outra forma de existência além da vida. Não sei sobrevoar casas e plainar no céu. Não respiro de baixo da água e não tenho uma piscina na minha casa. Mas tudo isso não me faz falta, e eu não quero. Por que? Por que nunca tive, não tem como me fazer falta alguma. Esta bem, quem sabe uma piscina um dia, mas algo que realmente ninguém tem ou faz, não faz diferença.
É ser clichê, que nos faz ser pessoas um pouco mais compatíveis umas com as outras, um pouco mais tolerantes as vezes.
Temos todos um ditado, um livro ou uma musica que sentimos como propriedade nossa. Empatia talvez do escritor, cantor... Mas mais provável que seja vivência.
O mundo é grande demais para reinventarmos tudo, mas pequeno demais para não ser tão obvio.
Isso pode até ser batido, mas é assim, porque somos todos diferentemente, iguais.

Raquel Lauer

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