Lindos e lindas!

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Café bar




Ela ficou esperando por ele a tarde inteira, ele ficou com amigos e não se importou. Ela deixou o café esfriar depois de apenas um gole e um suspiro. Sabia que era o começo de um fim sem explicação. Se sentia guardada numa gaveta, sem luz, sem ar, sem presença.
Ele não ligava, quem sabe realmente só estava voltando ao seu normal. Não se esforçava e ainda não faz isso. Ela, por outro lado, mandava mensagens e escrevia cartas de amor com poemas bregas e cheiro de perfume.
Mas eu digo de fora, e digo com calma, é assim. Quando um ama demais, o outro se assusta por não amar tão cegamente.
Eles eram felizes, eles andavam na rua como um casal quase que infinito. Acabou.
Ela sabia que isso ia acontecer, ela não conseguiu segurar a língua e disse: Eu te amo.
Sim, ela o amava. Hoje, sente medo sozinha num café bar.
Ele também a amava, mas amava mais um monte de outras garotas, ela não sabia disso, mas no fundo, sentia dor no peito.
Era especial, mas uma garota boa não muda um bad boy só com boas intenções.
Ela não sabia bem disso até seu relacionamento terminar por amar demais.
Sabia que tudo que viveram, foi especial, especial demais para ser apenas aparência. Mas agora, sentada ali pensava em quantas vezes caiu num conto de fadas e saiu do buraco, só para achar um precipício maior.
Uma mensagem, agora chega uma mensagem dizendo apenas: Não dá mais, não vai rolar.
Afinal, o que ele quis dizer com isso? O que ele não quis... Na verdade essas perguntas tolas, todas elas já tinham respostas, admitir que isso era mundano demais, seria pequeno demais.
Guardar o tempo e seguir em frente, vale mais do que guardar uma mesa e um café frio.
E disso, ela já sabia, quando a hora ainda passava e copo guardava o café quente.

Raquel Lauer

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